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O silêncio de Jesus

    Jesus Cristo, em sua infinita sabedoria, nos ensinou de diversas formas e maneiras. Ele mesmo nos convidou: “Aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração” (Mateus 11:29). Ao caminhar com multidões, chamou discípulos, e a cada vivência com Ele, deixava uma marca de aprendizado naqueles que se permitiam serem tocados por seus ensinamentos. Seus seguidores reconheciam essa capacidade, chegando a pedir: “Mestre, ensina-nos a orar” (Lucas 11:1).

    Jesus nos ensinou através de palavras, parábolas e ações. No entanto, há uma lição poderosa que muitas vezes não nos atentamos em nossa vida cotidiana: o Seu silêncio. Ao longo de Seu ministério, Jesus demonstrava que cada gesto, cada escolha e até mesmo o silêncio carregavam significados importantes.

    Ele não apenas falava sobre amor, perdão e humildade, mas vivia essas verdades de forma prática, mostrando que o aprendizado não vinha apenas das palavras, e sim do exemplo. Seus discípulos e as multidões aprendiam observando como Ele lidava com as diferentes situações, e essas experiências marcaram as suas vidas para sempre.

    O Silêncio que Fala Mais Alto

    O silêncio, pode não parecer, mas sim, ele pode ser uma resposta, uma mensagem. Durante a nossa vivência diária, recebemos muitas informações e temos a necessidade de nos expressar. Quantas vezes nos apressamos em usar palavras para nos defender, para explicar uma situação, para justificar nossos erros ou para responder a acusações, mesmo que injustas? Buscamos a palavra certa, o argumento perfeito, a defesa mais convincente.

    Mas, em vez de deixarmos nossas emoções nos dominarem e falarmos palavras que gerem um arrependimento posterior, podemos escolher o silêncio. Permitir que ele fale mais alto e comunique, mesmo sem palavras.


    Jesus e o Silêncio Estratégico

    Jesus nos mostra um caminho de sabedoria e discernimento através da sua vida. Lembremos de quando Ele foi indagado sobre a mulher adúltera. Diante da pressão e da expectativa por uma resposta que poderia condenar a mulher ou a Ele mesmo, Jesus se curvou e, em silêncio, escreveu no chão. Ele não se apressou em julgar ou em dar uma resposta imediata. Seu silêncio foi uma pausa poderosa, um convite à reflexão para todos os presentes, que gradualmente se dispersaram.

    Pausa! Um breve tempo para reorganizar emoções, equilibrar os pensamentos e, de forma madura e sábia, responder palavras temperadas com sal:

    ‭‭Colossenses‬ ‭4‬:‭6‬.
    “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um.”

    Outro momento marcante é quando Jesus, prestes a ser crucificado, foi questionado por Pilatos sobre as acusações que pesavam contra Ele. E mais uma vez, Jesus silenciou. Esse silêncio, em meio a tanta pressão, acusação e injustiça, não foi um sinal de fraqueza, mas de profunda força e confiança. Uma demonstração de que nem sempre precisamos falar para sermos ouvidos ou para vencermos uma situação.


    Traduzindo o Silêncio de Jesus para o Nosso Dia a Dia

    O silêncio de Jesus nos oferece lições valiosas para enfrentarmos os desafios do nosso cotidiano:

    Pausas Antes de Responder:
    Em uma discussão acalorada no trânsito, ao receber um e-mail com uma crítica, ou ao lidar com um colega de trabalho desafiador, a primeira reação pode ser responder imediatamente. Mas, assim como Jesus, podemos nos dar uma pausa. Respirar fundo, orar em silêncio, e só então formular uma resposta ponderada. Isso evita palavras ditas no calor do momento que podem ser mal interpretadas ou gerar mais conflito.

    O Silêncio como Reflexão:
    Em momentos de decisão importante, ou quando nos sentimos sobrecarregados, o silêncio pode ser um refúgio. Em vez de buscar conselhos em mil lugares de uma vez, reservar um tempo para ficar em silêncio, meditar, orar, pode nos ajudar a ouvir a nossa própria intuição e, mais importante, a voz de Deus.

    A Força de Não Se Justificar Sempre:
    Vivemos em uma cultura que valoriza a explicação e a justificativa. Mas, como Jesus, há momentos em que nosso silêncio fala mais alto. Em algumas situações, tentar se justificar pode desgastar e não mudar a percepção alheia. Confiar em Deus e em nossa integridade, permitindo que nossas ações falem por si, pode ser mais eficaz.

    Discernimento nas Palavras:
    O silêncio também nos ensina a ter mais cuidado com o que falamos. Ao escolhermos falar, que nossas palavras sejam para edificar, para trazer paz, para amar e para instruir, assim como Jesus fazia.


    Conclusão

    Como seguidores de Cristo, portanto, que possamos aprender a valorizar e a praticar o silêncio.
    Além disso, em nossos momentos de dúvida, acusação ou pressão, busquemos a sabedoria que vem de Deus, pois muitas vezes o silêncio é a mais sábia e eloquente das respostas. Por fim, que o silêncio de Jesus nos inspire a viver com mais mansidão, humildade e discernimento em nosso dia a dia.

    Esse post falou ao seu coração? Coloque nos comentários:
    “Em que momento do seu dia você mais sente a necessidade de praticar o silêncio?”
    ou “Qual foi a última vez que o silêncio te trouxe uma resposta?”

    Por Helisse Mangueira


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