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Os Sinais que Antecedem a Volta de Jesus: Entendendo Mateus 24

    Muitos cristãos olham para os acontecimentos atuais e, diante das incertezas, se perguntam: “Será que estamos vivendo os últimos dias?”. Para compreender melhor essa questão, precisamos voltar ao Monte das Oliveiras, onde Jesus proferiu um dos discursos mais importantes sobre os sinais do fim dos tempos, registrado em Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21.
    Nesse contexto, os discípulos pediram explicações e, então, Jesus revelou verdades que atravessam gerações. Por isso, vamos entender o que Ele ensinou e, além disso, como essas profecias se conectam com os acontecimentos atuais.

    Jesus com os discípulos no Monte das Oliveiras, observando a grandiosa reforma do Templo de Jerusalém, conforme descrito em Mateus 24.

    1. O Contexto do Discurso Profético

    Na época de Jesus, Herodes, o Grande, estava ampliando o Templo de Jerusalém com o objetivo de impressionar os judeus e, além disso, conquistar apoio político. Diante dessa grandiosidade, os discípulos, admirados com a construção, mostraram o templo a Jesus. Foi então que, nesse contexto, Ele declarou algo chocante:

    “Não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada” (Mateus 24:2).

    Essa afirmação os deixou inquietos. Por isso, pouco depois, no Monte das Oliveiras, eles pediram mais explicações e, assim, fizeram três perguntas centrais:

    1. Quando o templo seria destruído?
    2. Quais seriam os sinais da Sua vinda?
    3. E, por fim, quais sinais indicariam a consumação dos séculos?

    2. A Primeira Pergunta: A Destruição do Templo

    A primeira pergunta dos discípulos se refere diretamente à declaração sobre o templo. Diante disso, em Lucas 21:20, Jesus responde:

    “Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei que é chegada a sua desolação.”

    Essa profecia se cumpriu exatamente no ano 70 d.C..

    • No ano 67, o general romano Vespasiano cercou Jerusalém.
    • Entretanto, pouco depois, o imperador Nero morreu e, por essa razão, o cerco foi suspenso.
    • Três anos mais tarde, em 70 d.C., Tito retornou, destruiu o templo, incendiou-o e, além disso, matou milhares de judeus e cristãos.

    Como consequência, por causa dos utensílios de ouro e pedras preciosas do templo, os mineradores derrubaram cada pedra para retirar os metais derretidos e, assim, cumpriu-se a palavra de Jesus: “não ficará pedra sobre pedra.”

    Esse evento ficou marcado na história como o início da diáspora judaica — a dispersão dos judeus por todas as nações. Jerusalém continua sendo um ponto de tensão profética até hoje. Ela será pisada pelos gentios até que se complete o tempo deles, conforme Lucas 21:24. Apocalipse 11 indica que o templo será reconstruído no período da tribulação, mostrando que a história ainda não terminou.


    3. A Segunda Pergunta: Os Sinais da Sua Vinda

    A segunda pergunta trata dos sinais que antecedem a segunda vinda de Cristo. Jesus descreve, em Mateus 24:4-14, os acontecimentos que marcam o princípio das dores:

    • Falsos cristos tentando enganar muitos.
    • Guerras e rumores de guerras.
    • Fomes, terremotos e pestes.
    • Perseguição aos cristãos e aumento da iniquidade.
    • O evangelho sendo pregado em todo o mundo durante a tribulação.

    Jesus compara esses eventos às dores de parto: as contrações começam leves, entretanto, intensificam-se com o tempo. Depois, em Mateus 24:15-28, Ele passa a falar sobre a Grande Tribulação, ou seja, os três anos e meio finais da tribulação, marcada pelo “abominável da desolação” citado por Daniel.
    A parábola da figueira (Mateus 24:32) também é essencial. A figueira representa Israel:

    • Em 70 d.C., parecia “seca” e sem vida.
    • Em 1948, com a restauração de Israel como nação, as folhas começaram a brotar. Esse renascimento indica que o “verão profético” está próximo, ou seja, o milênio. Por isso, conforme Lucas 21:28, é importante estarmos atentos aos sinais.

    “Quando virdes acontecerem estas coisas, levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção se aproxima.”

    Além disso, Jesus cita eventos impossíveis de imaginar naquela época, como um controle global de compras e vendas. Hoje, com tecnologias digitais, biometria e vigilância, vemos um cenário que prepara o caminho para o cumprimento dessas profecias.


    4. A Terceira Pergunta: A Consumação dos Séculos

    A terceira pergunta dos discípulos é a mais complexa: “Quais sinais indicarão a consumação dos séculos?” Nesse caso, a palavra usada no grego é “telos”, que significa conclusão ou cumprimento final do plano de Deus.

    Em Mateus 24, Jesus combina, de forma detalhada, informações sobre o arrebatamento, a tribulação e, por fim, a sua segunda vinda. Para compreender melhor esse contexto, é importante lembrar que, na profecia bíblica, diferentes eventos podem, muitas vezes, serem descritos de forma conjunta em uma mesma frase. Por isso, esse recurso recebe o nome de perspectiva profética.

    Um exemplo clássico é Isaías 61:1-2. Jesus cumpriu parte da profecia ao ler o texto na sinagoga (Lucas 4:16-21), mas não cumpriu o restante, que só acontecerá na sua volta gloriosa. Assim, uma leitura rápida de Mateus 24 pode causar confusão, mas esse recurso era comum entre os profetas.

    A partir do versículo 37, Jesus muda o foco e descreve um período de rotina normal: casamentos, refeições e trabalho. Isso não combina com a Grande Tribulação, quando haverá caos global. Portanto, Ele está falando de outro evento: o arrebatamento da Igreja.
    Nos versículos 40 e 41, vemos a confirmação:

    “Dois estarão no campo; um será levado, e o outro deixado.”

    Esse texto não descreve a segunda vinda, mas o arrebatamento, quando os salvos serão levados antes do início da tribulação.


    5. As Parábolas que Esclarecem os Últimos Acontecimentos

    Jesus usa parábolas para explicar como diferentes grupos serão tratados no fim dos tempos:

    As Dez Virgens (Mateus 25:1-13)

    • Representam Israel no final da tribulação.
    • A noiva (Igreja) já estará com Cristo, participando das bodas do Cordeiro no céu.
    • As virgens são os convidados para a festa, que simboliza o início do Reino Milenar.

    Os Bodes e as Ovelhas (Mateus 25:31-46)

    • Representam os gentios que sobreviverem à tribulação.
    • Os que aceitarem a Nova Aliança entram no Milênio com corpos naturais.
    • Isaías 65:20 revela que, no Milênio, quem desobedecer ainda poderá viver pelo menos 100 anos.

    Os santos que morreram na tribulação ressuscitarão com corpos glorificados e reinarão com Cristo. Durante o Milênio, toda a criação será restaurada, cumprindo a promessa de Deus.


    Conclusão

    Jesus não nos deixou no escuro. Ele revelou os sinais para que possamos discernir os tempos e viver com esperança. Hoje, vemos o cenário sendo preparado diante dos nossos olhos. A cada dia, as profecias convergem para o cumprimento do plano divino.

    “Vigiai, pois, e orai em todo o tempo, para que possais escapar de todas estas coisas que hão de acontecer, e estar em pé diante do Filho do Homem” (Lucas 21:36).

    Continue Aprendendo:

    Leia Nosso artigo sobre a Doutrina da Ressurreição aqui. Acesse também o blog do Ministério verbo da Vida.

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